sábado, 2 de maio de 2009

Mr. and Mrs. Smith???

Mais um jantar… desta vez em Aveiro e num restaurante que suscitou a todos nós uma expressão semelhante – de admiração e intriga, uma vez que é um restaurante indiano e italiano ao mesmo tempo. Temos de convir que numa carta virem mencionados pratos indianos e logo a seguir italianos é um tanto ou quanto raro e até mesmo desconforme – é quase como estarmos na Índia a comer comida italiana ou então em Itália a provar pratos indianos. Mas valeu a pena – pelo menos no que concerne ao lado indiano não houve qualquer desilusão (também nós não somos de ir a qualquer lado, pelo que soubemos (e não pelo dono) aquando da visita de um oriundo desse país a Aveiro, o próprio afirmou que era o restaurante indiano em Portugal, com os pratos que mais se assemelhavam, a nível de confecção, aos da Índia).
Durante o jantar as conversas foram diversas, desde política, passando por sexo e indo ainda à discussão sobre qual a exacta localização de Pardilho, houve de tudo, principalmente a animação que proporcionamos aos restantes clientes!
Bem… um dos temas que me deixou um pouquito intrigada, deu-se quando opinávamos sobre o facto de as mulheres quando se casam adoptarem o sobrenome dos maridos – tema nada polémico pensei eu durante 24 anos, mas apercebi-me que estava redondamente enganada – as opiniões foram as mais diversas:
  • Eu sou a favor da adopção do nome do marido – acho engraçado referirmo-nos às famílias apenas por um nome e não sei porquê, talvez por uma questão de tradição, acho que sim, que devem ser as mulheres a acrescentarem mais um nome e a ficarem com o do seu respectivo;
  • Houve quem achasse isso uma perfeita estupidez – e por incrível que pareça, foram maioritariamente os homens os detentores desta opinião. “E porque é que tem que ser o homem e não a mulher a dar o nome à família?” – perguntava um deles. Pois confesso que nunca esperei ouvir isto da boca de um homem, mas é bom saber que eles pensam na igualdade de direitos ou melhor, neste caso mais de situações, entre homens e mulheres;
  • Ainda foi referida a possibilidade de troca de nomes, ou seja, o homem adopta o nome da mulher e vice-versa – esta ideia também não me pareceu descabida de todo, pelo menos gera consenso no casal em caso de opiniões divergentes.

Depois surgiu a questão de quando existem separações – tira-se o nome??? Não se tira??? O que fazer???

  • Para mim é mais que evidente que sim, nem que uma pessoa esteja casada há 20 anos. Mas, meus amigos, também esta questão foi controversa, houve quem defendesse que quem está casado há um número considerável de anos deverá manter o nome, pois à partida já será assim reconhecido/a na sociedade e seria bastante estranho deixar de ser XYZ apenas porque se divorciou – quanto mais não seja por uma questão de hábito (ou, na minha opinião, comodismo e ainda muito possivelmente em muitos dos casos, por uma questão de estatuto – vai que ele/ela até tem um sobrenome nobre)

Conclusões não houve, eu apenas sei que quero adoptar o nome do meu marido – acho giro e na remota (assim eu espero) eventualidade de ele não querer, questão que não me passava pela cabeça até ontem, sérios problemas haverão com toda a certeza! :) (Contudo, eu prometo desde já, que se o divórcio tiver mesmo que acontecer, que retiro o nome – até porque muito provavelmente não quererei ficar com nada dele, muito menos com o seu nome).

2 comentários:

  1. O Vasco se lesse isto diria: mas tu queres trocar Albuquerque por Silva? lol

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  2. Trocar não, mas se tiver que acrescentar Silva... que seja! :)

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