segunda-feira, 14 de março de 2011

127 Horas

Mais um documentário do que um filme, sabia bem ao que ia e uma coisa é certa, entrei na sala de cinema com medo, pois sou pessoa de me impressionar com filmes "de terror". Mas acabou por ser uma surpresa, gostei, quer dizer, não era bem o que pensava e pondo de parte todo o sofrimento por que Aron deve ter passado, uma lição aprendi (tal como ele): é bom não nos armarmos em super-heróis, é bom que se preocupem connosco e não acharmos que não temos satisfações a dar ou que somos seres independentes e que podemos tudo... Outro factor impressionante e que é bom reter, é que em situações de aflição é fundamental não perder o controlo, é imprescindível que a frieza seja mantida. E ainda mais incrível, é a capacidade e o espírito de sobrevivência do ser humano - em situações extremas, não desistimos e somos capazes de tudo, como se uma força paranormal se absorvesse de nós física e mentalmente.

Eu, que não sou pessoa de me comover e muito menos de chorar em filmes, tive de me conter fervorosamente para não começar a chorar baba e ranho mesmo na parte final, pois só me conseguia lembrar do meu acidente, da força que ainda hoje não sei onde fui buscar para conseguir sair do carro sozinha - lembro-me como se tivesse sido ontem, ou melhor, lembrei-me melhor do que ao longo do ano todo, da força extrema que tive de fazer nas pernas para conseguir empurrar o meu corpo, por entre a janela, para fora do carro, lembro-me do pensamento que tive quando por momentos pensei que podia ali ficar: "vá Verduxa faz força! Por favor faz força!".

Como o G. diz, deve ter sido dos filmes mais económicos de sempre, mas vale, quanto mais não seja, para nos pôr a pensar, para não imaginarmos que corre sempre tudo bem e que controlamos sempre tudo. Aconselho!

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