quinta-feira, 10 de março de 2011

Como não adormecer?

Ontem, enquanto o G. não chegava, tentei descansar um pouco no sofá antes de irmos jantar a casa da MJ, liguei a TV e o efeito foi exactamente o contrário... o telejornal estava a começar e durante os 60 minutos seguintes consegui despertar de tal forma, que nem por um segundo fechei os olhos.

A primeira parte cingiu-se à tomada de posse do Cavaco Silva, para o seu 2º mandato enquanto Presidente da República - não é que eu ache que o homem seja um Santo, porque não o é. Não é que não ache que o homem ajudou o país nestes últimos 5 anos, porque não acho. Não é que eu não ache que o discurso dele venha, possivelmente bastante tarde, porque acho. Mas desculpem que vos diga, a oposição em Portugal é desastrosa! Gostam de dizer mal, só por dizer... para mim, a atenção não deve ter sido muita enquanto do discurso de tomada de posse, porque as queixas são sempre as mesmas e sempre do mesmo género - ambíguas que só elas. Para mim, apenas refutam quando muito provavelmente mais nada têm a dizer, porque a verdade terá sido dita - mas é que hoje, eu ainda me questiono, o que é o discurso teve de "um discurso de facção, um discurso sectário", como disse Francisco Assis?
Envergonho-me deste país, em que cada partido olha apenas para o seu umbigo, não para o dos portugueses e que não é capaz de "dar o braço a torcer" em nenhuma medida ou opinião tomada ou dada por parte do governo/oposição, pois tenho a certeza que se o diálogo fosse sincero, com um único objectivo - tirar o país desta crise, que se ouvissem mutuamente e não estivessem sempre prontos a disparar, apenas por esse "prazer", talvez não estivéssemos todos nós (população), assim tão aflitos.

A segunda parte, reflectiu unicamente a situação vivida por estes dias na Líbia - confesso que é preocupante a castração em que aquela gente vive, que me horroriza um homem como Kadhafi (e tantos outros por este mundo fora) ter o poder que tem e estar nas rédeas de um país, em que os cidadãos se vêem obrigados a uma revolução (em pleno século XXI) para poderem usufruir de alguns direitos.
As imagens que transpõem a siuação vivida, em resultado de uma reportagem feita por uma jornalista internacional que se encontra no terreno, quase que me pôs a chorar...

Com estas notícias já tão banais para nós, que irrompem pela televisão da mesma forma e com a mesma periodicidade que um anúncio ao Pingo Doce (nunca vi marca com maior tempo de antena), não quero nem sequer pensar onde estaremos nós daqui a 10 anos, porque ou isto dá uma grande volta (o que eu duvido muito) ou então, encontrem por favor, forma de vida no espaço, onde políticos e afins estejam proibídos de entrar - e eu nem me importo de patrocinar a investigação!

Entretanto e como não podia deixar de ser, ainda houve referências ao futebol português e internacional - como se fosse o único desporto existente - sendo que a matéria referente ao futebol nacional, confesso que me mete nojo, já não posso com aquela corja toda igual e sempre a acusarem-se mutuamente!

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