Hoje a minha irmã “caçula” faz anos, 19!!!

É sempre com uma certa angustia que a vejo crescer, principalmente nos últimos anos, com os passos largos que tem dado para a idade adulta.
Isto parecerá para muitos um pouco lamechas, mas só quem tem uma irmã mais nova, de quem se sente também um pouco responsável, é que consegue perceber. É quase como ter um filho e sim, foi com o crescimento dela que eu comecei a compreender muitas das atitudes tomadas pela minha Mãe quando eu própria era a adolescente incompreendida – quando dei por mim a não desligar o telemóvel com as saídas nocturnas dela, quando precisava que me dissesse algo quando chegava aos destinos, quando tive que ter “as” conversas de irmã mais velha, quando tive que a aconselhar sempre que existiam desentendimentos familiares (aliás, quer a um lado quer ao outro), enfim, num enumerar de situações que me fazem não só irmã, mas também um pouco “mãe”, ou seja, quando o meu papel não é apenas o de amiga capaz de apoiar e compreender "tudo", mas também o de educadora.

Mas, estas minhas intervenções tendem a ser cada vez mais espaçosas – é sinal que está a crescer e que se está a tornar numa pessoa adulta e que já não precisa de mim para muita coisa. O papel de irmã mais velha vai-se desvanecendo, contudo, o de amiga vai-se tornando cada vez mais forte e intenso…

Nunca esquecerei das risadas que já demos; das brigas que já tivemos; dos inumeros nomes com que já me "baptizaste" e vice-versa; de não quereres demonstrar que não gostas que não esteja por perto; dos “sarilhos” de que já te livrei; das experiências que viveste, que vivemos e que ficam entre nós; dos meus segredos que só tu sabes, etc.

Bem, tudo isto para lhe dizer que a adoro e que ela poderá sempre contar comigo, pois farei eternamente de tudo para que ela seja feliz!!!