Nunca mais volto a pôr os meus pezinhos lindos e maravilhosos na Loja do Cidadão, aquilo é decadente e sempre que eu a puder evitar, assim o farei, nem que tenha que ir à China buscar uns papéis ou tratar de algum assunto!
Com a entrada em vigor do pagamento das Scut, com a probabilidade que tenho de semanalmente passar por lá e como a vontade de pagar mais, caso não tenha qualquer dispositivo electrónico e a factura ir para casa, não é nenhuma, resolvi apresentar-me no Sábado, à porta da maldita Loja por volta das 9h20. Quando cheguei o susto foi logo valente pela quantidade de gente que havia de ali estar desde as 6h da manhã. Depois, o susto foi-se tornando cada vez maior, à medida que via aquela multidão a tentar passar ao monte pela porta. Depois, são aquelas pessoas que só sabem dizer mal (nós sabemos que o país está mal, não é preciso andar é sempre a afirmá-lo e muito menos em voz alta, como que a mandar bitaites para o ar, para ver se alguém faz conversa), que começam a falar umas com as outras, que em poucos segundos se tornam confidentes, que fazem da ida à Loja do Cidadão o evento do ano - o nervosismo é tão grande, vêem-se com milhares de perguntas (aquelas questões que já são mais do que sabidas e evidentes) às quais dão os seus próprios comentários. Depois, não sabem para onde ir e parecem umas patetas tontas: e ai que ali dizem que é mais rápido, mas ai que se eu for o meu marido depois não me consegue encontrar, é melhor ir lá você (depois de passarem a ser como amigas de infância - sem saberem os nomes umas das outras, começam a tratar-se por você - essa palavra linda e maravilhosa) e enquanto isto, riem-se que nem umas perdidas. Depois há também o Sr. que resolve fazer o maior escândalo, porque lhe passaram à frente (e note-se que o Sr. tinha toda a razão, não tinha era o direito de estar 30 minutos aos gritos com vontade de bater em toda a gente), ao ponto de ter que o gerente da Loja interferir e levá-lo para outro lugar até se acalmar, ao que mais tarde oiço o tal Sr. a dizer: eles queriam ir falar lá para fora, mas eu não fui, que eu conheço esta gente muito bem e se me pusessem lá fora já não me deixavam entrar novamente! Rematando com: isso era o que eles queriam! E depois era o cheiro insuportável a gente. E depois foi reparar que às 9h37m tirei a senha nº 68 e que a minha hora prevista de atendimento era às 13:45. - E ali estava eu, sossegadinha no meu canto, a ser olhada por todos, sem falar com ninguém não fosse correr o risco de também me tornar confidente das senhoras e nunca mais me largarem e a olhar toda aquela gente e a pensar: "pobres coitados, afinal Portugal ainda é um país muito pouco urbano e eu vivo completamente alheia da realidade"!
Claro que me pisguei da Loja assim que um segurança me disse que de certeza absoluta antes da hora que me era dita como prevista para atendimento, não seria atendida e realmente tinha toda a razão, voltei a aparecer lá por volta das 13h30m e só fui atendida às 15h! - Se eu podia ter feito a requisição da Via Verde pela internet, podia, mas levaria alguns dias (ou semanas, vá) até que me fosse entregue o dispositivo, daí ter-me sujeitado a tudo isto, é que já nesta 6ª-feira entra em vigor a legislação...
Por mais snob que possa parecer, eu é que também não tenho culpa de ter nascido no meio em que nasci, de ter tido a educação que tive e de ficar completamente chocada com tudo aquilo que presenciei - acreditem ou não, hoje, passados 2 dias ainda estou horrorizada!
* Realmente não houve melhor descarregar de energias negativas e stress como escrever este texto (que já estava para ser escrito desde Sábado, mas ainda não tinha havido oportunidade), porque hoje já consegui ficar num estado de nervos tão, mas tão grande com esta gente (no trabalho) que foi uma sorte não ter batido em ninguém!
Com a entrada em vigor do pagamento das Scut, com a probabilidade que tenho de semanalmente passar por lá e como a vontade de pagar mais, caso não tenha qualquer dispositivo electrónico e a factura ir para casa, não é nenhuma, resolvi apresentar-me no Sábado, à porta da maldita Loja por volta das 9h20. Quando cheguei o susto foi logo valente pela quantidade de gente que havia de ali estar desde as 6h da manhã. Depois, o susto foi-se tornando cada vez maior, à medida que via aquela multidão a tentar passar ao monte pela porta. Depois, são aquelas pessoas que só sabem dizer mal (nós sabemos que o país está mal, não é preciso andar é sempre a afirmá-lo e muito menos em voz alta, como que a mandar bitaites para o ar, para ver se alguém faz conversa), que começam a falar umas com as outras, que em poucos segundos se tornam confidentes, que fazem da ida à Loja do Cidadão o evento do ano - o nervosismo é tão grande, vêem-se com milhares de perguntas (aquelas questões que já são mais do que sabidas e evidentes) às quais dão os seus próprios comentários. Depois, não sabem para onde ir e parecem umas patetas tontas: e ai que ali dizem que é mais rápido, mas ai que se eu for o meu marido depois não me consegue encontrar, é melhor ir lá você (depois de passarem a ser como amigas de infância - sem saberem os nomes umas das outras, começam a tratar-se por você - essa palavra linda e maravilhosa) e enquanto isto, riem-se que nem umas perdidas. Depois há também o Sr. que resolve fazer o maior escândalo, porque lhe passaram à frente (e note-se que o Sr. tinha toda a razão, não tinha era o direito de estar 30 minutos aos gritos com vontade de bater em toda a gente), ao ponto de ter que o gerente da Loja interferir e levá-lo para outro lugar até se acalmar, ao que mais tarde oiço o tal Sr. a dizer: eles queriam ir falar lá para fora, mas eu não fui, que eu conheço esta gente muito bem e se me pusessem lá fora já não me deixavam entrar novamente! Rematando com: isso era o que eles queriam! E depois era o cheiro insuportável a gente. E depois foi reparar que às 9h37m tirei a senha nº 68 e que a minha hora prevista de atendimento era às 13:45. - E ali estava eu, sossegadinha no meu canto, a ser olhada por todos, sem falar com ninguém não fosse correr o risco de também me tornar confidente das senhoras e nunca mais me largarem e a olhar toda aquela gente e a pensar: "pobres coitados, afinal Portugal ainda é um país muito pouco urbano e eu vivo completamente alheia da realidade"!
Claro que me pisguei da Loja assim que um segurança me disse que de certeza absoluta antes da hora que me era dita como prevista para atendimento, não seria atendida e realmente tinha toda a razão, voltei a aparecer lá por volta das 13h30m e só fui atendida às 15h! - Se eu podia ter feito a requisição da Via Verde pela internet, podia, mas levaria alguns dias (ou semanas, vá) até que me fosse entregue o dispositivo, daí ter-me sujeitado a tudo isto, é que já nesta 6ª-feira entra em vigor a legislação...
Por mais snob que possa parecer, eu é que também não tenho culpa de ter nascido no meio em que nasci, de ter tido a educação que tive e de ficar completamente chocada com tudo aquilo que presenciei - acreditem ou não, hoje, passados 2 dias ainda estou horrorizada!
* Realmente não houve melhor descarregar de energias negativas e stress como escrever este texto (que já estava para ser escrito desde Sábado, mas ainda não tinha havido oportunidade), porque hoje já consegui ficar num estado de nervos tão, mas tão grande com esta gente (no trabalho) que foi uma sorte não ter batido em ninguém!
Obrigada R.!
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