Faz hoje (2ª-feira) uma semana que chegámos de viagem e queria muito já ter vindo dar um alô por estas bandas, mas o jet lag era tão grande, que só depois do fim-de-semana para recuperar é que me sinto em condições do que quer que seja, é que burro velho não aprende e ir trabalhar imediatamente no dia a seguir a uma pessoa chegar à sua casa, é de liquidar qualquer um...
Custa a acreditar que andámos praticamente um ano a falar da viagem e depois, puf, passa num instante! Não é justo! Quanto mais não seja, porque é até ao momento a viagem da minha vida e queria muito que tivesse durado mais um tempinho.
Cambodja, Vietnam e Laos, 3 países tão diferentes, tão particulares, tão únicos, todos tão diferentes de Portugal, porém, 3 países que nos fazem derreter o coração, que nos fazem sair da nossa redoma, que nos levam a ter experiências que não voltamos a repetir e que nos deixam saudades! (Quando não forem 4 da manhã, conto ao pormenor a viagem, mostro fotografias e ou dicas)
Depois de 2 semanas e meia, o regresso é o horror, pois já para não falar do dia de viagem ter sido vivido pelos 4 exatamente da mesma forma e com o mesmo sentimento, de pura agonia, por não querermos voltar a este país pequeno, sem qualquer perspectiva de crescimento, muito menos querermos regressar às nossas vidinhas de sempre, com os mesmos trabalhos de sempre (com 2000 e-mails para ler... etc., etc.) - queríamos tanto, mas tanto, termo-lhos no sítio e arriscarmos, sairmos daqui e viver outras cidades, outras oportunidades, outros quotidianos; se a este fator acrescentarmos o frio minha gente, mas o que vem a ser isto?! Passamos de 20 graus de mínima à noite, para 3 graus de mínima, isto é de levar qualquer um a cortar os pulsos! A casa desabitada por tantos dias estava para lá de gelada, em que parecia que nem mesmo o ar-condicionado ajudava a aquecê-la e ainda por cima, de frigorífico vazio! Devo dizer que aqui é que parecia o 3º mundo!
O choque entretanto passou e depois do fim-de-semana, já não sou um zombie. Devo confessar que já suporto e até me sabe bem o frio gelado que de manhã sinto na cara (não-sei-porquê,-mas-tenho-a-impressão-que-vou-ser-punida-por-estas-últimas-palavras!), que é fantástico revermos quem me é próximo (se-bem-que-esses-podem-sempre-visitar-me-onde-quer-que-esteja) e que não há nada como o nosso lar!