Coimbra já não é o que era!

A cidade que me viu nascer já não é o que era, pelo menos a nível de segurança... não sendo uma cidade propriamente pequena, mas também muito aquém das grandes cidades, pacata por natureza, vive basicamente de serviços, da Universidade e do Hospital... No entanto, pelos vistos, já não permite grandes distracções à sua população:

• o filho da empregada dos meus avós, acompanhou-os numa das suas visitas aos HUC e enquanto esperava por eles, estacionado dentro do perímetro do hospital, em plena luz do dia, entra-lhe um homem pelo carro, aponta-lhe uma navalha ao pescoço e obriga-o a sair dali. Dando-lhe constantemente indicações sobre quais as direcções a tomar (pelo que me pude aperceber, o Bairro do Ingote), ia-lhe remexendo em tudo o que se encontrava dentro do carro: carteira, i-pod, telemóvel, porta-luvas, etc. Porém, apenas queria dinheiro, pressuponho que para droga; ao apelo do T. para não lhe levar o telemóvel, cedeu e acabou por apenas sair do carro com €15, um grande susto pregado ao T. e um aviso: eu estou na última fase do HIV, não tenho nada a perder, portanto, vê o que fazes!

Como devem imaginar, hoje à hora do almoço, as minhas perguntas ao T. foram mais que muitas, eu estou completamente chocada com toda a situação, mas também com a reacção do T., que apanhou os meus avós, foram ainda todos almoçar a casa dos meus pais e ele nada, nem uma palavra sobre o assunto para não preocupar ninguém, especialmente os meus avós... A história contou-a à noite à mãe, aos meus avós no dia seguinte e a mim hoje... como se nada de mais se tivesse passado e eu incrédula, extasiada e completamente horrorizada!

(porque é que eu tenho a sensação que mal a minha Mãe leia isto, não passam 2 segundos até o meu télélé tocar?!)